Mais de 100 pessoas participaram de um ensaio
clínico em São Francisco, nos Estados Unidos. Neste ensaio, jovens estavam
oferecendo transfusões de sangue para pacientes mais velhos. Cada
procedimento custava cerca de US$ 8.000, aproximadamente R$ 24 mil.
O objetivo era injetar nos pacientes mais velhos o equivalente a dois litros e meio de plasma, o elemento líquido do sangue que permanece após a remoção de outras células. O procedimento está sendo oferecido como uma tentativa experimental de rejuvenescer os idosos. A idade média dos pacientes interessados é de 60 anos.
O objetivo era injetar nos pacientes mais velhos o equivalente a dois litros e meio de plasma, o elemento líquido do sangue que permanece após a remoção de outras células. O procedimento está sendo oferecido como uma tentativa experimental de rejuvenescer os idosos. A idade média dos pacientes interessados é de 60 anos.
Jesse Karmazin, de 32 anos, cientista treinado por
Stanford e fundador da clínica norte-americana, disse ao jornal “The
Sunday Times” que os resultados iniciais de seus pacientes tinham sido
encorajadores. Segundo ele, essa terapia poderia ajudar a melhorar a aparência
e até mesmo doenças crônicas, como o diabetes, além de também ser eficiente
para aprimorar a função cardíaca e a memória.
O novo tratamento está baseado em vários estudos realizados nos últimos 17 anos, em que os pesquisadores de Stanford mostraram que a união de sistemas circulatórios de ratos idosos e jovens poderia ser eficaz para rejuvenescer órgãos, músculos e células-tronco. Além disso, um outro estudo descobriu que o plasma de jovens tem sim um efeito rejuvenescedor quando injetado em mais velhos.
O novo tratamento está baseado em vários estudos realizados nos últimos 17 anos, em que os pesquisadores de Stanford mostraram que a união de sistemas circulatórios de ratos idosos e jovens poderia ser eficaz para rejuvenescer órgãos, músculos e células-tronco. Além disso, um outro estudo descobriu que o plasma de jovens tem sim um efeito rejuvenescedor quando injetado em mais velhos.
No entanto, apesar dos resultados dos estudos
baseados em camundongos, os pesquisadores atacaram a validade científica do
experimento de Karmazin e levantaram uma série de preocupações éticas. Os
cientistas afirmam que não há evidência clínica do benefício dessa técnica.
Os críticos também apontaram os perigos de expor as pessoas aos riscos potenciais de transfusões de sangue, que incluem urticária, lesão pulmonar e infecções fatais. Outros argumentaram que o tratamento equivale a uma fraude.
"As pessoas querem acreditar que o sangue jovem restaura a juventude, mesmo que não tenhamos evidências de que isso funcione em seres humanos ", disse Wyss-Coray à MIT Technology Review.
Os críticos também apontaram os perigos de expor as pessoas aos riscos potenciais de transfusões de sangue, que incluem urticária, lesão pulmonar e infecções fatais. Outros argumentaram que o tratamento equivale a uma fraude.
"As pessoas querem acreditar que o sangue jovem restaura a juventude, mesmo que não tenhamos evidências de que isso funcione em seres humanos ", disse Wyss-Coray à MIT Technology Review.
Outra crítica de pesquisadores é em relação à
compra do sangue dos mais jovens, sendo que estes poderiam estar doando sangue
para pacientes com reais necessidades médicas.
Karmazin, o cientista responsável pelo
desenvolvimento da técnica, respondeu às críticas ao dizer que seu estudo
passou por uma completa revisão ética. Em resposta sobre o custo e metodologia
do tratamento, ele acrescenta que seria injusto dar o placebo aos participantes
sem remunerar os jovens que aceitaram passar pelas transfusões. Ele ainda
acrescentou que seus pacientes já estão colhendo os benefícios da técnica e que
seu tratamento é como uma cirurgia plástica de dentro para fora.
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