A divergência entre os valores
dos cachês pagos pela Prefeitura de Gravatá e Caruaru, no Agreste de
Pernambuco, para a contratação da banda Aviões do Forró acendeu um sinal de
alerta no Ministério Público de Pernambuco (MPPE). A suspeita de superfaturamento
na contratação surgiu após a informação de que o show realizado pelos músicos,
no último sábado (16), em Gravatá custou R$ 280 mil aos cofres municipais,
enquanto a gestão caruaruense desembolsou metade do valor - R$ 140 mil - pela
mesma atração no início do mês. Devido a diferença, a 1ª Promotoria de Justiça
de Gravatá instaurou um inquérito civil para apurar o pagamento feito pela
Prefeitura de Gravatá.
O promotor João Alves de
Araújo solicitou informações sobre a contratação de artistas para as festas
juninas da cidade, além de cópias dos procedimentos licitatórios e a relação
com dados qualitativos da Comissão de Licitação e da Secretaria Municipal de
Turismo. A denúncia do promotor leva em conta ainda a repercussão nas redes
sociais da diferença dos cachês.
O representante do Ministério Público já havia emitido, em fevereiro deste ano, uma recomendação com “advertências, ponderações, observações e determinações” quanto aos cuidados, princípios administrativos e limitações no gasto com verbas públicas “na contratação de artistas e bandas nas festividades periódicas” em Gravatá.
Em seu site oficial, a
Prefeitura municipal de Gravatá divulgou um “público recorde” de 70 mil
pessoas, segundo a Polícia Militar. A administração divulgou uma nota pública
negando superfaturamento no valor da contração que teria incluído despesas com
a logística da realização do show.
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