A seca que perdura por mais de
6 anos e castiga o interior de Pernambuco não afetou a produção de ovos e carne
de frango, principal fonte de economia de São Bento do Una, no Agreste do estado. O município
produz por dia mais de 7 milhões de ovos, se destacando por ser a maior
produtora do alimento no Nordeste e quinta maior do Brasil e a 5ª no Brasil,
sendo a principal fonte de renda do município.
Mas, para garantir a qualidade dos produtos, manter todo o
maquinário e a higiene do ambiente é preciso ter água. Durante a estiagem
muitas granjas estão tendo que se adaptar a realidade. Para tentar driblar a
escassez do líquido foi preciso investir.
Na granja que Nelson Neto é
diretor, 100 pessoas trabalham por dia. Nela, há uma produção de mais de 350
mil ovos diariamente e o caminho para driblar a seca foi cortar gastos com a
compra de novos equipamentos. "Investimos em tecnologia, mão de obra e gestão,
para tentar evitar o repasse do custo extra ao consumidor", afirma.
Algumas dessas indústrias têm
com alternativa comprar água em companhias de abastecimento e poços artesianos
de cidades da região, distantes até 100km. Segundo o gerente de produção de uma
granja, Nilmo de Farias Oliveira, o investimento também não tem afetado o bolso
do consumidor.
"O investimento na
qualificação e treinamento dos colaboradores tem contribuído para a redução de
desperdícios como ração, por exemplo, com isso é possível viabilizar a compra
de água, garantindo o preço dos alimentos e máquinas que ajudam nesse
sentido".
Na granja que ele administra os números impressionam,
trabalham mais de 1300 funcionários, que manejam e garantem a produção diária
de mais de 3 milhões de ovos. Com a aposta em novas tecnologias, a seca pôde
ser enfrentada. "Viabilizamos o bom uso da água e assim a gente consegue
competir de igual com empresas de todo o Brasil", disse.
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