quinta-feira, 6 de abril de 2017

Avicultura resiste à crise hídrica em São Bento do Una


A seca que perdura por mais de 6 anos e castiga o interior de Pernambuco não afetou a produção de ovos e carne de frango, principal fonte de economia de São Bento do Una, no Agreste do estado. O município produz por dia mais de 7 milhões de ovos, se destacando por ser a maior produtora do alimento no Nordeste e quinta maior do Brasil e a 5ª no Brasil, sendo a principal fonte de renda do município.

Mas, para garantir a qualidade dos produtos, manter todo o maquinário e a higiene do ambiente é preciso ter água. Durante a estiagem muitas granjas estão tendo que se adaptar a realidade. Para tentar driblar a escassez do líquido foi preciso investir.

Na granja que Nelson Neto é diretor, 100 pessoas trabalham por dia. Nela, há uma produção de mais de 350 mil ovos diariamente e o caminho para driblar a seca foi cortar gastos com a compra de novos equipamentos. "Investimos em tecnologia, mão de obra e gestão, para tentar evitar o repasse do custo extra ao consumidor", afirma.

Algumas dessas indústrias têm com alternativa comprar água em companhias de abastecimento e poços artesianos de cidades da região, distantes até 100km. Segundo o gerente de produção de uma granja, Nilmo de Farias Oliveira, o investimento também não tem afetado o bolso do consumidor.

"O investimento na qualificação e treinamento dos colaboradores tem contribuído para a redução de desperdícios como ração, por exemplo, com isso é possível viabilizar a compra de água, garantindo o preço dos alimentos e máquinas que ajudam nesse sentido".

Na granja que ele administra os números impressionam, trabalham mais de 1300 funcionários, que manejam e garantem a produção diária de mais de 3 milhões de ovos. Com a aposta em novas tecnologias, a seca pôde ser enfrentada. "Viabilizamos o bom uso da água e assim a gente consegue competir de igual com empresas de todo o Brasil", disse.

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