segunda-feira, 6 de março de 2017

Revolução Pernambucana: 200 anos do marco republicano

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No dia 6 de março, Pernambuco comemora 200 anos da deflagração da Revolução Pernambucana, uma revolta influenciada pelas ideias iluministas da França e da América contra o Governo Português, naquele momento instalado no Rio de Janeiro.
Embora a capitania de Pernambuco fosse, naquele início do século XIX, umas das mais prósperas economias do Brasil, centro produtor e exportador de açúcar e algodão, a capital do reino de Portugal foi transferida para o Rio de Janeiro, por ocasião das guerras napoleônicas.
Para financiar os elevados gastos da Coroa Portuguesa, o monarca passou a cobrar pesados impostos que atingiam, principalmente, a economia de Pernambuco. A natural insatisfação com o Governo Português, ampliada com a cobrança de novos impostos, alimentou e fortaleceu o ambiente intelectual, político e econômico que germinava no Recife e em Olinda, propício à descolonização.
A revolução foi liderada por destacados membros da maçonaria, como o comerciante Domingos José Martins, por militares, como José de Barros Lima, conhecido como o Leão Coroado, Pedro da Silva Pedroso e vários religiosos, Muniz Tavares, João Ribeiro, Padre Roma e Padre Miguelinho.
O governo provisório instalado declarou independência de Portugal e proclamou a república; decretou liberdade religiosa e de imprensa, mas não alterou as relações de trabalho escrevo dominantes na produção canavieira.
A República de Pernambuco resistiu por mais de dois meses à ofensiva de D.João VI que enviou cerca de 8 mil homens e uma frota naval para bloquear o porto do Recife, conseguindo esmagar o movimento republicano no dia 19 de maio.
O historiador Carlos Guilherme Mota considera a Revolução Pernambucana de 1817 como o maior movimento de contestação à ordem monárquica até então ocorrido no mundo afro-luso-brasileiro, abrangendo todo o Nordeste brasileiro.

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