Pernambucanos e turistas de fora do estado que frequentam as praias devem ficar atentos aos preços cobrados por bares, restaurantes, quiosques e barracas da beira-mar. O Procon de Pernambuco (Procon-PE) divulgou, nesta quinta-feira (26), o resultado de uma pesquisa comparando valores de bebidas, comidas e serviços. A diferença do custo na orla chega a 200%, entre os balneários do Recife e dos Litorais Sul e Norte.
De
acordo com Roberto Campos, gestor da área de fiscalização do Procon-PE, a praia
de Porto de Galinhas, em Ipojuca, no Grande Recife, é o local mais caro entre
os pesquisados. Na área das piscinas naturais, um dos principais pontos
turísticos do balneário, um peixe frito médio, por exemplo, por custar entre R$
70 e R$ 150.
O trabalho
do Procon-PE foi feito entre os dias 12 e 16 deste mês. Os fiscais pesquisaram
preços em dez estabelecimentos do Recife, dez em Olinda e 20 em Porto de
Galinhas. Na capital pernambucana, o trabalho teve como base 24 itens, como
água, frutos do mar e bebidas alcoólicas Em Olinda, os ficais analisaram 32
produtos e em Porto de Galinhas, 41.
“Os
valores cobrados no Litoral Sul são bem mais altos do que o do litoral Norte. É
por causa do volume de turistas. Não podemos tabelar preços, pois devemos
garantir a livre concorrência”, observou Campos.
Na pesquisa, ficou clara a diferença de preços
entre as barracas de Porto e das orlas de Boa Viagem, Olinda e Paulista. O
mesmo peixe frito médio sai por R$ 50 na principal praia do Recife e por R$ 40
em Bairro Novo, na Cidade Patrimônio da Humanidade.
Para comprar uma garrafa de água mineral, o cliente
das barras e quiosques de Porto de Galinhas desembolsa, em média, R$ 6. O mesmo
produto custa R$ 4, em Boa Viagem, e R$ 3, em Olinda.
O Procon-PE também verificou grandes diferenças
entre os preços de bebidas alcoólicas. A dose de aguardente tem o mesmo preço
em Boa Viagem e Olinda, sai por R$ 2, já no Litoral Sul custa R$ 4. Apenas em
Olinda a cerveja é comercializada em garrafas de vidro. E lá a bebida varia de
R$ 5 a R$ 8.
O consumidor também deve ter mais atenção na
cobrança de guarda-sol e cadeiras nas praias. Todos os estabelecimentos
informaram que se houver consumação não é cobrada a taxa para utilizar o
serviço. Porém, sem consumação, a diferença percentual de uma praia para outra
chega a 150%.
Em Porto, o preço varia de R$ 20 a R$ 50. No
Recife, o valor é tabelado de R$ 20 em todas as barracas. Já em Olinda apenas
uma barraca cobra taxa, também de R$ 20, em todas as outras não há cobrança.
“Essa pesquisa é importante para o consumidor poder
se preparar para o dia de lazer. Ele pode saber quanto vai gastar em cada
local”, comenta Campos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário