quinta-feira, 14 de julho de 2011

Escola sem família não funciona


Quando se fala em educação é inevitável falar também de família e vice-versa. Uma coisa não se separa da outra. Não dá para educar alguém na escola sem o apoio da família, assim como a família, principalmente se tiver a intenção de formar um cidadão, com bom convívio social e inserção no mercado de trabalho, também não consegue cumprir seu papel sem que haja uma forcinha dada pela escola.
Incrível como não há exigência alguma para que os pais ou responsáveis compareçam à escola ao menos uma vez no ano para saber como anda o desenvolvimento do filho. Mesmo que ele tenha menos de 18 anos!
Mas, por que isso acontece?
É inegável que as transformações a respeito do conceito de família influenciam muito para que os responsáveis pelos estudantes comportem-se dessa forma. E não falo aqui de formação familiar. Nada tem a ver com filho criado com pai e mãe ou somente com o pai, somente com a mãe, ou ainda pelos avós, padrastos, pais adotivos... A questão não é essa. O problema é que quem está assumindo os jovens, muitas vezes não tem (ou não quer ter) consciência das suas responsabilidades. Aliado a isso, vem a falta de compromisso dos muitos profissionais envolvidos com a educação: desde as autoridades de alto escalão do governo até o funcionário com menos atribuições possíveis na escola.
Reuniões com os pais ou responsáveis, eventos e até convites para que os adultos compareçam frequentemente para acompanhar o desenvolvimento das crianças e jovens devem fazer parte do calendário das escolas estaduais. De forma que familiares dos alunos possam sentir-se à vontade para visitar a escola no momento em que sentirem necessidade.
Mas não é isso que acontece. Muitas vezes os responsáveis chegam às instituições de ensino e ficam perdidos, sem saber a quem pedir apoio. Voltam, então, para casa e acabam desistindo de acompanhar a realidade dos jovens de perto. O resultado: familiares que não sabem, sequer, quando os alunos fazem provas, quais as notas que tiram, se realmente frequentam as aulas...Aí vira um círculo vicioso: em casa, ninguém dá atenção ao estudante; este, por sua vez, não enxerga a escola como um compromisso, porque não aprende isso com a família; a escola não cobra de ninguém. E, assim, tudo vai caminhando, lentamente e aleatoriamente.
Um Pacto Pela Educação que não priorize esses aspectos, jamais surtirá efeito.

Fonte: Amanda Diário de Classe.

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