sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Vendedor preso por atirar em cliente por conta de 75 centavos é solto após audiência de custódia-Pernambuco


O vendedor preso em flagrante por atirar em um cliente por conta de R$ 0,75, nas segunda (3), em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, foi solto após audiência de custódia. Apesar de Irineu

Francisco do Nascimento, de 73 anos, já ter sido preso pelo assassinato de uma mulher, foi concedida a ele liberdade provisória na terça (4).

A decisão foi da magistrada Ana Marques Veras. De acordo o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Irineu continuará em liberdade desde que cumpra as medidas cautelares determinadas, como não se ausentar do município onde mora por mais de oito dias sem comunicar à autoridade, se apresentar mensalmente ao Juízo e estar em casa das 22h às 4h.

Em sua decisão, a magistrada afirmou que existem "razoáveis indícios de materialidade e autoria delituosas" e decidiu que a prisão em flagrante está correta. Ela justificou que, "apesar do autuado ostentar um antecedente criminal", verificou ele possui endereço certo e profissão definida e que não há elementos que indiquem a liberdade dele coloque a integridade da vítima em risco.

"Ademais, o autuado é pessoa idosa, com sequelas de AVC, conforme informou a defesa nesta audiência, entendendo este juízo que o monitoramento eletrônico é a medida mais adequada", afirmou, na decisão.

Também foi determinado o monitoramento dele por meio do uso de tornozeleira eletrônica. O vendedor foi preso por atirar em um cliente de 51 anos após uma discussão motivado pelo pagamento de um cafezinho que custava R$ 0,75. O tiro atingiu a carteira da vítima, que conseguiu sair ilesa.

De acordo com a Polícia Civil, a vítima só percebeu que foi atingida pelo tiro depois de ver um furo no bolso do macacão que ele usava. O revólver calibre 38 usado no crime foi apreendido.

Por nota, a defesa de Irineu, por meio dos advogados Anderson Albuquerque e Ronaldo Jordão Júnior, informou que a versão apresentada pela vítima da tentativa de homicídio "se reveste de incertezas e contradições" e que o fato seria "devidamente apurado".

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