A disfunção erétil é uma condição caracterizada pela incapacidade do homem de conseguir obter e manter uma ereção do pênis suficiente, que possibilite uma atividade sexual satisfatória. Pode ser um sinal de doenças crônicas ou mesmo problemas psicológicos. Para falar sobre o tema, o âncora Jota Batista entrevistou o urologista, Ricardo Lyra, no programa Canal Saúde desta quinta-feira (05), veiculado pela Rádio Folha 96,7.
Para o urologista existe um temor do homem em assumir que tem uma disfunção erétil. Durante a entrevista ele explicou que pelo motivo de vivermos em uma sociedade machista, a virilidade do homem é encarada como uma coisa muito importante. Ricardo explica como é a postura dos homens no consultório.
"O homem não vai dizer pro outro que tá com dificuldade de ereção. Então, ele tem esse próprio preconceito. Quando ele chega no consultório, ele começa a enrolar, vamos dizer assim, e eu percebo que ele está querendo chegar neste assunto, e pergunto pra ele. Então, muitas vezes a consulta que o paciente tem, começa com outro tema, mas o tema principal ele tem vergonha de falar. Além disso, muitos profissionais não perguntam sobre a sexualidade do paciente“, comentou Ricardo.
Para o médico, hoje em dia, o acesso à informação é muito amplo e em muitos locais e em sua maioria essas informações são equivocadas. Ele explicou que a internet coloca a sexualidade como algo inalcançável, com homens com muita virilidade e que fazem coisas que não são a realidade.
O que o homem tem que saber é que nenhum homem é igual ao outro. Por exemplo, tem casais que têm relação todos os dias, e o homem acha que ta transando pouco. Como têm casais que transa uma vez por semana, uma vez a cada 15 dias e acham a vida sexual dele maravilhosa. Não existe uma receita de bolo para a sexualidade, cada casal determina o que for bom para um e bom para o outro”, comentou.
O urologista falou que quando o homem começa a ter dificuldade de ter ereção, ou começa a ter ejaculação precoce, isso pode se tornar um problema, além de concluir explicando quem são os mais propensos a ter o problema.
Quando você tem dificuldade de ereção, não consegue cumprir aquela meta que o casal determinou em relação a sua sexualidade. Claro que quanto mais velho e absorve alguma comorbidade, como diabetes, hipertensão, colesterol alto, ou pessoas que bebem demais, ou que fumam, essas pessoas são mais propensas a terem disfunção erétil do que os mais sadios. Existe até um percentual para cada população alvo. Por exemplo, é muito mais fácil encontrar ejaculação precoce em jovens e a dificuldade de ereção nos mais velhos”, comentou Ricardo.
Por fim, ele falou sobre os tratamentos da disfunção erétil, que podem ser desde um aconselhamento com terapeuta sexual, ao uso de drogas via oral como viagra.
Tem vários medicamentos de uso oral que são muito bons. Ter uma droga para a disfunção que se pode tomar em comprimido, é uma coisa muito boa, foi um grande avanço da medicina. Você tem também, pacientes com baixa testosterona e a repondo ele volta a ter uma vida sexual normal. Temos também as drogas injetáveis, e nos casos bem graves, temos como último recurso a colocação da prótese peniana", concluiu o médico.
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