De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) cerca de 1000
homens têm o pênis amputado parcial ou totalmente todos os anos. O motivo? Em
sua maioria, falta de higienização adequada nessa região do corpo.
Isso
porque a limpeza correta da genitália evita infecções causadas por fungos e
bactérias, diminuindo os chances do desenvolvimento de câncer peniano. “A
higienização diminui as chances do homem obter HPV [papilomavírus humano],
vírus sabidamente relacionado ao desenvolvimento da doença”, afirma Alexandre
César Santos, membro da SBU-SP.
Por isso é essencial que o homem limpe a
região com sabonete e água abundantes, removendo todas as secreções — principalmente
as que ficam nas dobras na região do prepúcio. A secagem correta da região
também é essencial, ou seja, usar uma toalha úmida para enxugar o pênis muitas
vezes não resolve, é preciso utilizar uma seca ou papel higiênico.
Em relação aos pêlos, Santos afirma que podem
ser aparados, mas não devem ser removidos totalmente. “Eles têm a função
natural de manter a pele úmida e ajudar algumas glândulas que ajudam na
hidratação local. Sua remoção pode resultar em abcessos ou foliculite”, diz o
especialista.
O médico da Sociedade Brasileira de Urologia
também conta que a questão socioeconômica está relacionada com a maior
incidência de casos de câncer peniano no país: cerca de 2% da população. Mas
não é só isso, “muitas vezes por vergonha ou medo o homem não busca o médico, o
que é grave, pois a doença pode se agravar e atingir camadas mais profundas do
órgão”.
Por isso, Santos lembra que é essencial
buscar um profissional ao menor sinal de problema. Os homens precisam ficar de
olho na aparição de manchas, verrugas, úlceras e feridas: “Quanto antes for
diagnosticado, maiores são as chances de sucesso no tratamento e da não remoção
do pênis”.
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