O Ministério Público Federal
(MPF) abriu procedimento para investigar uma construção, possivelmente
irregular, na Praia de Muro Alto, localizada em Ipojuca, município do Grande
Recife. A medida foi anunciada após a divulgação de vídeo nas redes sociais no
qual uma turista denuncia um muro de concreto que restringe a circulação de banhistas
em área pública. O hotel citado nega irregularidades.
Em despacho assinado esta
semana, o procurador Antônio Nilo Rayol
Lobo Segundo determina envio de ofício ao Nannai, responsável pela construção,
dando prazo de cinco dias para o empreendimento apresentar documentos que
comprovem a regularidade do muro. O procurador do MPF também solicita
informações sobre o muro à Secretaria de Patrimônio da União (SPU-PE).
A SPU tem prazo de cinco dias
para responder se o muro está regularizado e, se for, necessário, fazer
inspeção na Praia de Muro Alto. Ofício semelhante receberá a Secretaria de Meio
Ambiente da Prefeitura de Ipojuca, para se pronunciar sobre a edificação. O
assunto será discutido em reunião administrativa na Procuradoria da República
(Polo Cabo de Santo Agostinho-Palmares), dia 28 de setembro próximo, às 10h.
De acordo com o comerciante e
surfista da Praia de Muro Alto Davi Menezes, o muro de concreto teria sido
erguido há mais de um ano para substituir uma cerca de coqueiros que havia
desabado. “Acionamos o Ministério Público, a construção ficou embargada dois
dias e depois fizeram essa aberração”, declara Davi Menezes, que aluga
guarda-sol a banhistas na praia, próximo ao Nannai.
Quinta-feira passada (14/09),
os turistas cariocas Rosalvo Alves de Lima e Daiana de Lima Cardoso tentaram
passar pelo muro para alcançar a praia, desistiram e resolveram procurar outro
caminho. “Estou achando meio ruim passar entre o muro e o mar”, afirma Daiana
Cardoso. “O rapaz que faz passeio de buggy falou que aqui não daria para tomar
banho, mas não disse que tinha esse muro no caminho, encontramos o muro alto de
verdade”, diz ela.
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