Base alimentar das civilizações sul-americanas, o milho é uma das maiores fontes de energia da qual se tem notícia na história, seja ele consumido in natura ou como ingrediente culinário dos dias de hoje. É por tamanha importância nutricional que ele permanece no cardápio ao longo dos anos em preparos que, certamente, você nem parou para pensar que seus grãos amarelinhos estão lá com o importante papel de também combater toxinas presentes no organismo.
Mas para início de conversa, vale lembrar que, quando alguém o chama de cereal, está se referindo à planta como um todo - da família da gramínea - que tem mais de seis mil espécies espalhadas no mundo, como as que originam trigo e aveia, podendo ser processadas para se tornarem outros produtos alimentares bem populares, como pães, bolos, bolachas e até mesmo cerveja - Sendo assim, os grãos de milho são as suas sementes poderosas em carboidratos complexos. “Que são aqueles de absorção mais lenta pelo corpo em relação ao fornecimento de energia. Além disso, este é um insumo rico em fibras, que contribui para a sensação de saciedade e bom funcionamento do trânsito intestinal”, aponta a nutricionista Danuza Firmo.
Quando se fala em consumo, ele surge de inúmeras maneiras. Na mesa de todo bom nordestino há, por exemplo, a fartura de pratos de cuscuz, pamonha, mingau, polenta, entre outras preparações típicas. Isso sem falar nas possibilidades fornecidas pela indústria, a exemplo do óleo de milho, que tem gorduras poliinsaturadas, consideradas boas para o coração. “No fim das contas quem o consome pode ter um aproveitamento completo, por ser um item importante na prevenção da anemia, rico em minerais como ferro e ácido fólico. É capaz, ainda, de prevenir o envelhecimento precoce, porque ajuda a combater os radicais livres com o auxílio das carotenoides e vitaminas C e E”, diz a nutricionista. Na composição também estão vitaminas do completo B, riboflavina, niacina e B6, que contribuem com a saúde da visão, entre outros benefícios.
A orientação é para seu consumo in natura, cozido ou assado. No caso das receitas desta época do ano, o cuidado é para a quantidade de gorduras utilizadas, como aquela colherada de margarina, além da adição de produtos açucarados, como leite condensado e açúcar refinado, tornando o resultado final ainda mais calórico e prejudicial à saúde. Só para se ter uma ideia, Danuza Firmo lembra que, enquanto uma espiga de milho verde tem em média 80Kcal, a fatia de 60g de bolo com o mesmo ingrediente alcança 217Kcal. Já uma pamonha de 160g tem, em média, 259Kcal e uma canjica de 100g cerca de 220Kcal. Já quando se fala no grão enlatado, o cuidado é para os níveis de sódio que o mantêm conservado por um bom tempo, sendo desaconselhado para hipertensos.
“Mas, de um modo geral, esse cuidado deve acontecer a todo momento, desde a escolha das espigas até a higiene dos seus manipuladores. Quando natural, devemos selecionar aquelas que não tenham perfurações nas cascas, retirar todo o cabelo e palha e lavar em água corrente com uma escovinha para alimentos”, completa a especialista. Nesses procedimentos, o armazenamento e transporte é outro ponto importante, porque boa parte das comidas produzidas neste período recebem adicionais perecíveis, como leite de coco. Sendo assim, a dica é manter sob refrigeração de 12°C e, para aqueles muito quentes, em torno de 65°C.
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