terça-feira, 21 de março de 2017

“Eu me sentia uma aberração”, diz mulher que nasceu sem vagina

Resultado de imagem para "Eu me sentia uma aberração", diz mulher que nasceu sem vagina
O início da vida sexual da dona de casa Márcia Marques, 41 anos, não foi nada fácil. Transar com o namorado da adolescência –com quem é casada até hoje –era sinônimo de sofrimento. “Sentia muita dor e sangrava. Como tive uma criação conservadora, não conversava sobre isso com ninguém. Simplesmente fui levando”, conta. Com o passar dos anos, ela começou a ficar mais confortável na cama com o parceiro. Mas o diagnóstico de seu problema veio bem mais tarde: Márcia é portadora da Síndrome de Rokitansky, caracterizada por uma má formação do órgão sexual feminino, que pode ter a vagina encurtada ou até ausente, e inexistência de útero.
Como Márcia, as portadoras da doença demoram para se dar conta de que há algo errado. A parte da externa da vagina é completamente normal e as mulheres sentem prazer por estimulação clitoriana. Os problemas começam quando há penetração.
Em geral, o tratamento da doença é realizado com a introdução de moldes de plástico que esticam o canal e, em casos mais severos, com cirurgia corretiva. Mas Márcia não precisou de nenhum dos dois. Os anos de prática sexual dolorosa ao menos serviram para fazer uma abertura na vagina. “A dilatação natural pode ocorrer e é indicada principalmente para as mulheres que têm parceiro fixo, que tenha compreensão do problema”, afirma a médica Aline Pic, do Observatório de Doenças Raras da Universidade de Brasília.

Nenhum comentário:

Postar um comentário