Presente na memória e no imaginário de muitos recifenses, a história do refrigerante Fratelli Vita, tão atrelada ao crescimento do Recife, ganhou as páginas de um livro. O administrador e colecionador Gustavo Arruda fez, por conta própria, uma minuciosa pesquisa sobre os quase 60 anos de existência da marca em Pernambuco.
Gustavo Arruda conta que a fábrica foi criada pelos irmãos italianos Giuseppe Vita e Francesco Vita no final do século 19. Com matriz em Salvador (1892) e filial no Recife (1913), a Fratelli Vita mantinha pontos de distribuição estratégicos em vários estados do Nordeste.
A história do refrigerante remete ao século 19, na Bahia. Em Pernambuco, a fábrica de bebidas funcionou de 1913 a 1972. Em alguns períodos, a Fratelli Vita conseguiu superar a venda de Coca-Cola, no Recife.
No início do século 20, como não existiam refrigeradores nas residências e mercearias do Brasil, criaram uma fábrica de gelo que se tornaria a maior da capital pernambucana.
E, para não dependerem da importação da Inglaterra, montaram também uma fábrica de garrafas (1919), que seria responsável por 1/3 da produção brasileira (1930) e pelos seus internacionalmente famosos cristais lapidados à mão (1932).
Na sua estrutura industrial, possuíam ainda uma tipografia, uma serralharia, uma fábrica de tampinhas, uma fábrica de gás carbônico e uma fabriqueta de corante.
Entre os pioneirismos na indústria nacional, além da primeira água tônica do Brasil (1902), estão o lançamento de uma cerveja sem álcool (1921).
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