sábado, 27 de junho de 2015

Quem sou eu realmente?

Quem sou eu
Quem sou eu realmente? Quantas vezes já me peguei pensando nessa pergunta… Será que isso também acontece com você?

Uma vida sem consciência não merece ser vivida. (Sócrates)
Vamos falar em termos práticos sobre este grande drama existencialista do ser humano.
Acredite, a primeira resposta que geralmente vem à cabeça de qualquer pessoa é algo assim: “Meu nome é Fulano, tenho 30 anos. Sou administrador com especialização em marketing e trabalho na empresa tal, como supervisor de vendas”. Sinceramente, essa resposta satisfaz de fato à pergunta em questão?
Agora, experimente responder assim: “Meu nome é Fulano, sou uma pessoa cheia de sonhos, muito embora às vezes me sita inseguro sobre se vou mesmo realizá-los; sou um bom amigo, gosto de ouvir as pessoas; sou um pouco carente, elogios me fazem bem; sou comprometido com o que faço, e sou ávido por resultados; tenho algumas certezas e muitas dúvidas”.
Que tal? Essa é a forma interior de se responder e, claro, muito mais difícil, porque em geral não paramos para pensar em quem somos de verdade. Falamos o que é superficial, o que podemos provar com documentos, o que as pessoas podem perceber facilmente, a forma exterior.
Acredite, promover o autoconhecimento, conhecer a verdade sobre nós mesmos e assumir responsabilidades por nossas reações e atitudes, transforma-se em vantagem competitiva. Quando nos conhecemos, entendemos nossas qualidades, assumimos nossas limitações e passamos a ter auto-estima. E, ter auto-estima é confiar na sua própria capacidade de pensar, sentir, decidir, agir, avaliar, aprender, respondendo de modo efetivo às condições que a vida impõe.
O psicólogo americano Nathaniel Branden, autor do best seller Auto-estima, advoga que a base da auto-estima não é o êxito em si, mas uma série de práticas que conduzem ao sucesso. Ele define como seis os pilares de uma auto-estima saudável:
1. Consciência: prestar atenção ao que acontece, ao que se experimenta, ao que se faz, sem esquecer o contexto no qual surgem os nossos sucessos, as experiências e as ações.
2. Aceitação: reconhecer os próprios pensamentos, emoções, ações, sem evasões nem repúdios; observar-se pacientemente, sem aprovação nem condenação.
3. Responsabilidade: compreender que se é o autor das próprias escolhas e ações, que se é responsável pela própria vida e bem-estar. Responder conscientemente aos desafios da vida.
4. Assertividade: ser autêntico no trato com os outros, negando-se a ocultar o que se é de verdade para ganhar a aprovação deles. Estar preparado para defender os próprios valores e ideias.
5. Propósito: identificar os objetivos de curto e longo prazo e as ações necessárias para obtê-los. Supervisionar as ações para garantir que se mantenham na rota.
6. Integridade: viver em congruência com aquilo que se sabe e se professa. Dizer a verdade, honrar os compromissos e exemplificar, com ações, os valores que se sustenta.
Sou administradora. Aprendi, na faculdade e na especialização, tudo sobre a técnica de administrar processos, patrimônios, pessoas, tempo. Mas hoje posso afirmar, sem medo de errar, comecei a ter mais sucesso quando comecei a administrar melhor o ativo interior. Aprendi, na prática, que ao compreender quem realmente é, a pessoa alicerça sua auto-estima, sua autoconfiança e sua paz interior sobre um terreno firme. Se operar a partir da ilusão e da ignorância, estará sempre tentando construir sua auto-imagem sobre areia movediça. E aí, não tem MBA que consiga dar jeito.

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