segunda-feira, 30 de março de 2015

Jovem Guarda: As Melhores Canções eleitas em pesquisa


“Eu Não Sabia Que Você Existia”
Leno e Lilian (1966) 
-Compositores: Renato Barros/Tony
-Álbum: Leno e Lilian (CBS 37470 – 1966)

Após o estrondoso sucesso de “Pobre Menina”, Leno e Lilian emplacaram na sequência essa pérola do iê-iê-iê romântico, uma deliciosa balada pop, banhada pelos vocais sublimes da dupla mais querida da Jovem Guarda e acompanhada de ensolarados solos de guitarras do autor da canção, Renato Barros.

“Coruja”
Deny e Dino (1966)
-Compositores: Deny/Dino
– Álbum: Coruja (Odeon MOFB 3473 – 1966)

Um dos maiores hits da Jovem Guarda, a canção que mostrou para a juventude brasileira dos anos 60 que cantar em falsete era uma onda muito legal, diferentemente das vozes impostadas dos cantores do passado. E coube à dupla Deny e Dino apresentar essa inovação no pop brazuca, através do mega sucesso “Coruja”, um dos clássicos eternos do rock brasileiro.

“Pare O Casamento”
Wanderléa (1966)
-Compositores: Arthur Resnick / Kenny Young – versão Luiz Keller
– Álbum: A Ternura de Wanderléa (CBS 37.459 – 1966)

Carregada de pancake no rosto e muito rímel a escorrer pelos olhos grandes e pidões, Wanderléa era a própria imagem feminina da Jovem Guarda, em 1966. Era uma ternura só. É dessa fase uma das sua canções mais emblemáticas, “Pare O Casamento”, versão de Luiz Keller para o sucesso “Stop the wedding”, do grupo feminino The Charmettes. A letra de Luiz Keller descrevia o desespero da mocinha, cujo namorado, a abandonara para casar com outra. O conflito ocorria em plena cerimônia de casamento, ambientada num cartório civil, já que a audácia jovem-guardista ainda não permitia uma cena como essa numa igreja. E lá no cartório, a protagonista ainda implorava o amor de quem a desprezara, mas o fazia causando escândalo. “Pare o Casamento” é uma das canções-símbolo da inocência sexy da Jovem Guarda.

“O Ritmo da Chuva”
Demétrius (1964)
-Compositor: John Gummoe – versão Demétrius
– Álbum: O Ritmo da Chuva (Continental PPL 12117 – 1964)

O que dizer de uma das mais lindas baladas românticas de todos os tempos? O paulistano Demétrius acertou na veia, quando verteu para o português o sucesso estonteante do grupo The Cascades, “Rhythm of the rain”. O ano era 1964, momento pré-Jovem Guarda, e Demétrius já era um artista consagrado, ídolo total da juventude, sósia de Elvis Presley, amante do rock’n’roll e do romantismo pop dos anos 60. Tinha tudo pra fazer o sucesso que fez.

“Gatinha Manhosa”
Erasmo Carlos (1966)
-Compositores: Roberto Carlos/Erasmo Carlos
-Álbum: Você Me Acende (RGE XRLP-5.297 – 1966)

Todo mundo sabe que Erasmo era o machão da Jovem Guarda, o cara perigoso, portanto, as menininhas estavam avisadas, era preciso manter distância do roqueiro. Mas, por debaixo daquela capa de durão, batia também um doce coração, como vemos nesta balada açucarada, banhada pelo órgão de Lafayette, cuja letra, se desmanchava em versos de amor e em designações com um quê de malícia juvenil, como “gatinha”, “manhosa”, “dengosa”, “beicinho”. Lançada sem nenhuma repercussão no ano anterior pelo grupo Renato e Seus Blue Caps, na gravação de Erasmo, “Gatinha Manhosa” se tornou um grandioso sucesso.

“O Calhambeque (Road Hog)”
Roberto Carlos (1964)
-Compositores: Gwen Loudermilk/John Loudermilk – versão Erasmo Carlos
– Álbum: É Proibido Fumar (CBS 37352 – 1964)

Amante da velocidade, Roberto Carlos gravou muitas canções sobre carros, e quando estourou em todo o Brasil com “Splish Splash” e “Parei na Contramão”, sacou que no próximo disco iria continuar explorando os dois temas, os amores juvenis e suas confusões e a paixão pelos carros, e assim surgia no álbum “É Proibido Fumar” essa maravilhosa versão de Erasmo para “Road Hog”, rockabilly de John D. Loudermilk, com direito a buzinadas e roncos de motor de um singelo – porém endiabrado – calhambeque.


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