terça-feira, 31 de março de 2015

Continua impasse entre Governo e professores sobre reajuste do piso


Após mais de seis horas de negociação nesta segunda-feira entre os professores do Estado e a Secretaria de Administração, o impasse continua acerca do reajuste do piso salarial proposto à categoria. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), não houve avanços em relação às reivindicações, já que o Governo manteve os 13,01% para os profissionais do antigo Magistério e 0,89% para os profissionais com licenciatura plena.
O Projeto de Lei 79/2015, de autoria do Poder Executivo, que estabelece o piso salarial dos professores da rede pública estadual em R$ 1.917,18, deve ser votado nesta terça-feira na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). A proposta deveria ter sido votada na semana passada, mas foi adiada. Ainda na última semana, os professores realizaram uma paralisação de 48 horas, na quarta e quinta-feira.
“Na verdade, não se trata nem de uma proposta esses 13,01%, já que temos garantido por lei o reajuste anual a partir de janeiro, assim como o plano de cargos e carreiras da categoria. E o Governo é que apresentou um projeto que exclui mais de 90% dos profissionais”, explicou o presidente do Sintepe, Fernando Melo.
Segundo ele, a categoria não está satisfeita com a proposta oferecida pelo Governo. “O reajuste salarial vinha sendo praticado desde 2011, e repercutia em toda a carreira, e neste ano, contemplaram somente o antigo magistério, com 13,01%, e os de licenciatura plena que estão no início da carreira, com 0,89% para reajustar e igualar o salário. E isso, por si só, destroça todo o nosso plano de carreira e não podemos aceitar que a lei não seja garantida”, conclui o sindicalista.
O secretário de Administração do Estado, Milton Coelho, participou da reunião ontem. “Poderíamos ter avançado mais e já fechado pontos importantes para a categoria, bem como não prejudicar os alunos das Escolas Públicas Estaduais, assegurando as aulas sem interrupções. E nesse momento o Governo não pode assumir um compromisso, pois ele vai além de sua capacidade fiscal, não só pela crise econômica, mas, principalmente, pelo comprometimento das despesas de pessoal que já ultrapassam 46% da receita corrente líquida, o que poderá trazer graves consequências para Pernambuco”, finalizou Milton Coelho.
Assembleia - Com o objetivo de deliberar os próximos passos da categoria, os professores devem realizar nesta terça-feira uma assembleia em frente à Alepe. Depois da reunião, os profissionais deverão sair em passeata até o Palácio do Campo das Princesas

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