A Baterias Moura, empresa pernambucana sediada em Belo Jardim, no agreste, está cotada para ser uma das fornecedoras de equipamentos para um projeto estratégico da Marinha Brasileira, a construção do primeiro submarino nuclear do País. Caso a parceria seja concretizada, a indústria irá desenvolver baterias de última geração para o submarino. A informação sobre o projeto foi revelada por José Genoíno, assessor do Ministério da Defesa, no perfil publicado pela Revista Piauí, deste mês.
De acordo com o presidente-executivo das Baterias Moura, Paulo Sales, não há um contrato firmado entre o governo brasileiro e a empresa. No entanto, vários contatos informais já foram feitos e a indústria tem a intenção de ampliar os negócios para além das baterias automotivas.
“Atualmente, 8% do nosso negócio estão voltados para baterias industriais. Pretendemos dobrar esse percentual até 2015. Caso o contrato para desenvolver a bateria para o submarino seja concretizado, acreditamos que podemos desenvolver esse produto em quatro anos”, explicou Paulo Sales.
No texto da Revista Piauí, a parceria é dada como certa. “Com o projeto do submarino nuclear, o Brasil entra no restrito clube de oito países que detêm essa tecnologia. Boa parte dos equipamentos está sendo produzida no País. As baterias do submarino, por exemplo, estão sendo desenvolvidas pela fábrica de baterias Moura, no agreste pernambucano.”
José Genoíno, que assessorava o ex-ministro Nelson Jobim e permanece no cargo após a chegada de Celso Amorim, reforça a ideia em sua declaração à revista: “do agreste para a era nuclear”.
“Dá-nos um enorme prazer ter sido lembrado no momento em que se considera a construção do submarino nuclear. A Moura tem envergadura para fornecer esse equipamento e estamos dispostos a alavancar a tecnologia necessária para o projeto”, concluiu o presidente-executivo da empresa.
Fonte: Jornal do Commercio
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