sexta-feira, 15 de julho de 2011
SEXO: Prevenção sexual deve ser tratada na escola?
Pesquisa mostra que 35,4% dos brasileiros tiveram a primeira relação antes dos 15 anos
É papel da escola falar sobre prevenção sexual? Sim. Você pode achar que esse é um dever apenas dos pais, afinal, não faz parte do conteúdo formal escolar. Mas, além de ensinar equação de segundo grau e dissertação, a escola pode - e deve - trabalhar transversalmente essa questão. E por quê? Por que os jovens estão começando a transar cada vez mais cedo e, muitas vezes, transam sem proteção. Em outras palavras: quanto mais informação seu filho receber mais chance ele terá de se proteger se começar a vida sexual no Ensino Médio.
Não há dúvidas de que os primeiros namoros na adolescência têm o ambiente escolar como pano de fundo. Afinal, é no espaço de ensino - ou em locais de convivência com os amigos da escola - que os jovens passam a maior parte do tempo. Por isso, a conscientização de que a proteção sexual é importante na juventude precisa caminhar junto com a aprendizagem na escola.
O primeiro passo é admitir que grande parte dos adolescentes faz sexo, sim. E de nada adianta tentar negar isso. Segundo o Censo Escolar 2008, no Brasil, 44,7% dos estudantes têm vida sexual ativa. Um estudo do Ministério da Saúde sobre o comportamento sexual no Brasil realizado com 8 mil pessoas em 2009 mostrou que 35,4% dos brasileiros fizeram sexo antes dos 15 anos de idade. A mesma pesquisa traz outro dado alarmante: 39,1% da população entre 15 e 24 anos não usou preservativo na primeira relação sexual.
Diante desses números, é inevitável que Aids e outras DSTs acabem atingindo os adolescentes. Dados recentes do Ministério da Saúde indicam que 170 mil casos notificados de Aids no Brasil correspondem a portadores de 13 a 19 anos de idade. O número equivale a 30% dos casos notificados de Aids no país em todas as faixas etárias.
É importante, portanto, proporcionar momentos de reflexão ao jovem - e não há lugar melhor para isso do que a escola. "O que eu quero para o meu futuro? Como será minha vida daqui a alguns anos?". Incentivar respostas a esse tipo de pergunta é uma maneira de orientar os adolescentes e fazer com que entendam a importância de prevenir uma gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis.
Educar para crescer
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