quarta-feira, 20 de julho de 2011

Como a acupuntura funciona?


Os cientistas propuseram três grandes teorias de como a acupuntura funciona. Uma teoria sugere que os meridianos realmente existem e conectam os órgãos do corpo de maneira bastante específica. De acordo com esta teoria, a acupuntura aumenta a atividade ao longo dos meridianos, influenciando assim o funcionamento de um determinado órgão.
A segunda teoria afirma que a acupuntura funcione, pelo menos em parte, aumentando a produção cerebral de analgésicos naturais chamados endorfinas. Estas substâncias são químicos correlacionados com a morfina e influenciam a sensibilidade dolorosa do corpo. O fato de que os antagonistas opióides – como a naloxona – revertem os efeitos analgésicos da acupuntura reforça esta teoria.
A estimulação através da acupuntura também deve ativar o hipotálamo e a glândula pituitária, resultando em um amplo espectro de efeitos sistêmicos. Foram documentadas alterações na secreção de neurotransmissores e neurohormônios e na regulação do fluxo sangüíneo, tanto central quanto perifericamente.
A terceira teoria sustenta que a acupuntura possa funcionar via sistema nervoso, desencadeando sinais que interrompem as mensagens dolorosas enviadas ao cérebro. Esta hipótese é conhecida como a "Teoria do portal da dor".
A despeito de esforços consideráveis para compreender a anatomia e a fisiologia dos "pontos" da acupuntura, a definição e caracterização destes pontos permanece controversa. Ainda mais alusiva é a base científica de alguns conceitos chaves da medicina Oriental tradicional, tais como circulação do Qi, o sistema de meridianos e outras teorias correlatas, que são difíceis de conciliar com a informação biomédica contemporânea, mas que continuam tendo um papel importante na avaliação dos pacientes e na formulação do tratamento na acupuntura.
Deve-se observar que, assim na acupuntura como em muitas outras terapias, os efeitos chamados "inespecíficos" respondem pelo sucesso do tratamento em si. Fatores como qualidade do relacionamento médico/paciente, grau de confiança, expectativas do paciente e outros aspectos que compõe o cenário do tratamento determinam a evolução do tratamento

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