Mesmo com a guerra contra a Rússia, a Ucrânia deseja sediar a Copa do Mundo de Futebol de 2030. A ideia é do presidente do país, Volodymyr Zelensky, que sente vontade de somar sua pátria à candidatura ibérica de Portugal e Espanha, de acordo com o jornal inglês The Guardian. A chapa luso-hispânica é a preferida da Federação Europeia de Futebol (UEFA) para receber a edição centenária do torneio mundial.
A confirmação da parceria deve ser informada em conferência de imprensa do executivo ucraniano nesta quarta-feira (5). A dúvida principal deve ser em como o país deve receber uma competição desta magnitude enquanto enfrenta uma guerra complicada, com destruição patrimonial, divisão territorial própria e imigração da população nativa pelo conflito.
Além disso, outras chapas conjuntas disputam a sede do Mundial: bem-aportada financeiramente, a coalizão mediterrânea Egito, Grécia e Arábia Saudita aposta no fator monetário enquanto o grupo sul-americano (composto por Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile) aposta pelo peso histórico, uma vez que os charrúas sediaram a primeira edição, em 1930. A tríade norte-americana, com Estados Unidos, México e Canadá já vai receber a Copa do Mundo seguinte, em 2026.
As batalhas contra Moscou estão acontecendo desde o dia 24 de fevereiro deste ano, em manobra militar russa sob a narrativa de populações nativas do país sendo oprimidas nas regiões de Donetsk e Lugansk. Tais áreas foram recentemente anexadas pelo Kremlin. A seleção nacional da Ucrânia tem comandado seus jogos na Polônia, pela Liga das Nações, após ter sido eliminada pelo País de Gales na última partida das eliminatórias pela última vaga no Grupo B da Copa do Mundo Qatar-2022.
O campeonato nacional, interrompido com o conflito, voltou no mês de agosto e segue na quinta rodada, com o Shakhtar Donetsk (mesmo em uma cidade anexada pelos russos) liderando a competição. A equipe também está na Liga dos Campeões da Europa, no Grupo F, onde enfrenta o Real Madrid nesta mesma quarta (5), às 16h de Brasília, no Santiago Bernabéu.
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