quarta-feira, 26 de outubro de 2022

O modo de dirigir do motorista faz diferença no consumo de combustível?


Pé nervoso, falta de paciência, irritação com o anda e para, frenagens bruscas, giro alto do motor... tudo isso é típico de gente que não lida bem com o ritmo natural do trânsito urbano. Tá certo que não dá para ter comportamento de monge atrás do volante, mas abrir mão de uma postura mais zen faz diferença no consumo?

Batemos à porta da Chevrolet com uma lista de perguntas sobre consumo de combustível, um dos fatores de maior controvérsia na indústria. Para nossa surpresa, a GM abriu seu campo de provas e colocou um time de engenheiros para ajudar a Autoesporte a mostrar como o comportamento do motorista pode impactar o consumo dos automóveis.

Levamos um Tracker 1.0 turbo para um circuito padronizado plano, dentro do campo de provas, que simula o tráfego urbano. E dos intensos. O trecho de 1,5 km requer velocidades entre 8 km/h e 50 km/h e há pontos fixos para trocas de marcha e paradas em todo o traçado.

Na primeira passagem, respeitamos as velocidades e os tempos de parada. Porém, fizemos acelerações progressivas, antecipamos frenagens, aproveitamos a energia do freio-motor antes de parar e evitamos giros altos.

Depois, fizemos o mesmo trecho mantendo as velocidades anteriores, mas aceleramos mais até alcançar os valores máximos de cada ponto de passagem. Também freamos forte nas paradas.

Assim, os resultados mostraram que há diferença entre um motorista brabo e um condutor com nervos calmos. Em um modo de direção progressivo, o Tracker marcou 13,1 km/l no trecho de teste. Por outro lado, se o motorista optar por ser mais agressivo no trânsito, esse consumo sobe para 11 km/l. Pode até parecer pouca mudança, mas a economia em um ano pode ser de mais de R$ 1.600. Veja abaixo:


Temperamento importa

Modo de dirigirConsumoLitros / 40 kmCusto / Ano
Progressivo13,1 km/l3R$ 8.289
Agressivo11 km/l3,6R$ 9.947
Diferença: R$ 1.658

Os testes foram acompanhados por nossos jornalistas e pela engenharia da Chevrolet. Esses dados estão sendo divulgados de forma irrestrita, sem interferência ou veto da fabricante. Esta reportagem não foi paga pela General Motors, que apenas forneceu o espaço e os instrumentos para a padronização dos testes. O time técnico da empresa atuou conforme as solicitações da Autoesporte.

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