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Festa no Sertão. Em noite histórica, o Salgueiro bateu o Santa Cruz por 4x3 nos pênaltis e, pela primeira vez, levantou um título de campeão pernambucano. Com o triunfo, o Carcará não só cravou seu nome na história do futebol local, como desbancou a hegemonia de conquistas de um time da Capital, colocando o interior em evidência no que foi a 106ª edição do torneio. Entre arquibancadas vazias, no que se considera o "novo normal", essa foi a quarta vez que o título estadual foi decidido nas penalidades.
As entrelinhas desse desfecho já estavam escritas. Com precedentes, foi assim porque era de ser, após 106 anos. O grito engasgado por duas vezes depois dos reveses em 2015 - contra o mesmo Santa Cruz e 2017, ante o Sport -, pôde, enfim, ser soltado aos quatro ventos. Da Capital, o eco se expandiu inesgotável ao interior, fazendo jús ao merecido desafogo de um povo que de luta entende muito bem. Desta vez, não foi a chuva que fez o sertanejo sorrir. Foi simplesmente o Carcará, que pousou firme no Arruda para deixar sua marca na eternidade do futebol.
Na tão esperada cerimônia de entrega do troféu, um ritual diferente foi observado. Para homenagear os profissionais de saúde que atuam na linha de frente da luta contra a Covid-19, a taça, assim como as medalhas, foram entregues ao capitão do Tricolor do Sertão, Ranieri, pelo presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, na companhia do médico infectologista Tiago Luiz e da enfermeira Deila Beatriz, ambos que sobreviveram ao vírus.
Dentro de campo, o clima de mistério observado no primeiro jogo da final, empatado em 1x1, no Cornélio de Barros, foi repetido, com as duas equipes iniciando a partida com novidades. No Santa Cruz, Itamar Schulle surpreendeu com as entradas de Jeremias e Augusto Potiguar formando a linha ofensiva junto a Pipico, enquanto Derlis Alegre e Victor Rangel foram opções no banco de reservas. Pelo Salgueiro, Tarcísio assumiu a vaga de Alison. Já o artilheiro do Carcará, Muller Fernandes, cedeu lugar a Thomas Anderson.
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