De janeiro a abril
de 2019, em Pernambuco, foram registrados 5.354 acidentes com escorpiões, 878
com abelhas, 425 com serpentes e 119 para aranhas, de acordo com o Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Os dados, divulgados pela Secretaria
Estadual de Saúde (SES-PE), apontam para uma média de 44,6 caos de picada de
escorpião por dia no período.
O número é próximo
ao registrado nos quatro primeiros meses de 2018, quanto o estado computou
5.648 casos envolvendo escorpiões, com média de 47 casos por dia no período. De
janeiro a abril do ano passado, foram também 872 incidentes com abelhas, 340
com serpentes e 118 para aranhas notificados à Secretaria de Saúde.
O envenenamento
provocado pela picada por animais peçonhentos, como escorpião, pode ocasionar
consequências diferentes em cada vítima e faz parte da Lista de Notificação
Compulsória. Isso significa que as unidades de saúde devem informar os casos de
acidentes aos serviços de vigilância e controle de zoonoses, facilitando assim
ações de prevenção.
A Secretaria de
Saúde alerta que, nesse período de chuvas, é mais comum o aparecimento de
escorpiões. Os grupos em que são mais registrados casos de ataque por
escorpiões são crianças, idosos, trabalhadores da construção civil e donas de
casa. O corpo do animal é pequeno e facilmente camuflado.
Entulhos
armazenados nas residências e vias são outros atrativos para os escorpiões.
Animais, como baratas e insetos, também servem como presas. Para os casos
envolvendo serpentes, os mais propícios são os trabalhadores da zona rural do
estado.
Através de uma
ligação gratuita para o Centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco
(Ceatox), no telefone 0800 722 6001, é possível conseguir outras orientações,
como a unidade de saúde mais próxima, por exemplo.
Confira abaixo as unidades
para tratamento de acidentes com animais peçonhentos no estado:
·
-Hospital da Restauração - Recife (cobra e escorpião)
· -Hospital Jaboatão Prazeres - Jaboatão dos Guararapes (escorpião)
· -Hospital João Murilo - Vitória de Santo Antão (escorpião)
· -Hospital Belarmino Correia - Goiana (escorpião)
· -Hospital Mestre Vitalino - Caruaru (cobra e escorpião)
· -Hospital Regional Ruy de Barros
Correia - Arcoverde (cobra e escorpião)
· -Hospital Professor Agamenon Magalhães
- Serra Talhada (cobra e escorpião)
· -Hospital Regional Inácio de Sá
- Salgueiro (cobra e escorpião)
· -Hospital Regional Fernando Bezerra - Ouricuri (cobra e escorpião)
· -Hospital Universitário - Petrolina (cobra
e escorpião)
O que fazer em caso de acidente:
· -Procure atendimento médico
imediatamente;
· -Informe ao profissional de saúde o
máximo possível de características do animal, como: tipo de animal, cor,
tamanho, entre outras;
· -Se possível, e caso tal ação não
atrase a ida do paciente ao atendimento médico, lave o local da picada com água
e sabão (exceto em acidentes por águas-vivas ou caravelas), mantenha a vítima
em repouso e com o membro acometido elevado até a chegada ao pronto socorro;
· -Em acidentes nas extremidades do
corpo, como braços, mãos, pernas e pés, retire acessórios que possam levar à
piora do quadro clínico, como anéis, fitas amarradas e calçados apertados;
· -Não amarre (torniquete) o membro
acometido e, muito menos, corte e/ou aplique qualquer tipo de substancia (pó de
café, álcool, entre outros) no local da picada;
· -Especificamente em casos de acidentes
com águas-vivas e caravelas, primeiramente, para alívio da dor inicial, use
compressas geladas de água do mar. A remoção dos tentáculos aderidos à pele
deve ser realizada de forma cuidadosa, preferencialmente com uso de pinça ou
lâmina. Procure assistência médica para avaliação clínica do envenenamento e,
se necessário, realização de tratamento complementar;
· -Não tente “chupar o veneno”, essa
ação apenas aumenta as chances de infecção local.
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