Boatos e dúvidas são comuns quando o assunto é
tecnologia. Cada vez mais presente em nossas vidas, dispositivos e equipamentos
prometem agilizar práticas do dia a dia, como fazer compras e ouvir música, por
exemplo. O aumento do acesso e a diversidade de opções desses recursos
possibilitam a criação de algumas lendas e incertezas.
Para ajudar a solucionar algumas
dessas questões, o TechTudo reuniu
uma lista com oito afirmações populares que causam dúvidas aos usuários.
Confira, no texto abaixo, quais são e o que há de verdade ou mito em cada uma.
Entenda o que é verdade ou mito ao usar notebooks e ultrabooks
1. macOS
e Linux não pegam vírus?
Mito. Por mais
que, na maioria das vezes, o Windows seja o grande alvo dos hackers, sistemas
operacionais como o Linux e o macOS não são imunes a ataques. A recorrência de malwares
no sistema operacional da Microsoft se dá pela maior popularidade e
adesão, o que permite aos vírus atingirem um número maior de usuários.
Por isso, conforme os computadores dos concorrentes
também ganham mercado, o número de softwares maliciosos disponíveis para ambos
cresce proporcionalmente. Além disso, devido aos dois sistemas serem conhecidos
pelo mito de "não pegarem vírus", os usuários tem uma falsa sensação
de segurança e se expõe mais aos riscos.
Dessa forma, para quem tem
equipamentos com os sistemas macOS ou Linux, o ideal é seguir as mesmas
recomendações de segurança indicadas para os usuários do Windows. Não instale
softwares de procedência desconhecida e mantenha o sistema sempre atualizado.
2. Esvaziar a lixeira exclui o arquivo para sempre?
Mito. Tanto em HDs quanto em SSDs,
os arquivos apagados da lixeira podem ser eventualmente recuperados. Isto é
possível porque, quando um arquivo é excluído, as informações dele não
desaparecem completamente — apenas deixam de constar no índice do sistema e são
contabilizadas como um espaço disponível para a gravação de novos dados.
Na prática, significa dizer que, até
serem sobrescritos por completo, os arquivos continuam gravados no
armazenamento e são apenas "ignorados" pelo sistema. Tal fato torna
possível a recuperação desses arquivos, pois há programas especializados
capazes de identificar e reinseri-los no índice do sistema.
3. Navegador no modo privado garante o anonimato?
Mito. Mesmo quando está em modo privado, o navegador não
impede a espionagem de terceiros, como o acesso aos sites visitados ou o
reconhecimento da sua identidade na web. De fato, tudo o que ele se limita a
fazer é não registrar alguns dados sobre a navegação. O histórico de sites
acessados, os dados preenchidos em formulário e as informações fornecidas pelos
sites ao computador são alguns dos conteúdos protegidos pelo modo anônimo do
browser.
Ainda assim, todas as informações
trocadas entre o usuário e o sites visitados podem ser interceptadas, seja pelo
seu provedor de Internet, por softwares instalados no computador ou até mesmo
por redes
virtuais privadas (VPNs).
4. É perigoso utilizar o celular próximo a uma bomba de
gasolina?
Parcialmente verdade.
Embora a grande maioria dos postos de gasolina recomendem não utilizar
aparelhos celulares durante o abastecimento, são raras as situações nas quais
um celular tenha sido apontado como o causador de um incêndio ou explosão em um
posto de combustível. No entanto, nada disso isenta o motorista de tomar
cuidados especiais enquanto abastece o veículo.
Devido à alta volatilidade dos gases
inflamáveis, é preciso ficar atento à energia eletrostática, provocada a partir
de um simples atrito e capaz de causar explosões. Por isso, manusear o celular
próximo da bomba de combustível é considerada uma atitude arriscada e que deve
ser evitada.
5. Mais megapixels significam uma câmera melhor?
Mito. Até mesmo
as fabricantes admitem haver aspectos mais importantes em uma câmera que o
número de megapixels. Atualmente, fatores como a abertura da lente e o tamanho
do sensor ótico são mais valorizados, pois determinam quanta luz o equipamento
é capaz de absorver e quão boas serão as imagens produzidas por ele.
Na verdade, apenas aumentar o número de megapixels sem
aumentar proporcionalmente o tamanho do sensor ótico pode até mesmo piorar
a qualidade das imagens. Isso ocorre porque os megapixels, que
podem ser equiparados a pequenos pontos distribuídos pelo sensor, terão de ser
menores e, consequentemente, vão captar menos luz.
Também nota-se que, nos últimos
anos, a resolução média das câmeras dedicadas e de smartphones não superou os
20 megapixels. Inclusive, muitos aparelhos atuais, tidos como referência na
fotografia móvel, como o Galaxy S9 e
o Galaxy
S9 Plus, trazem câmeras com a mesma resolução de suas gerações
anteriores. Porém, apostam em outras novidades para se destacar.
6. Resolução alta significa uma tela melhor?
Parcialmente
verdade. Resoluções mais altas são fundamentais para uma exibição com mais
nitidez e riqueza de detalhes nas telas. Entretanto, a real necessidade de mais
resolução também depende de outros fatores, como o tamanho da própria tela e a
distância na qual se encontra o espectador.
Por exemplo, com uma TV não muito grande — com menos de
50 polegadas — a menos que o espectador se posicione em uma distância menor de
25 cm da tela, as diferenças entre as resoluções dominantes no mercado, 4K e
Full HD, serão praticamente imperceptíveis. Mesmo no caso da primeira
definição, com quatro vezes mais pixels que a segunda.
Assim, é possível afirmar que
resoluções maiores normalmente resultam em uma tela melhor. Contudo, a
definição por si só não garantirá uma experiência superior em todos os
aspectos. Também é preciso levar em conta o tamanho da tela, a fidelidade na
reprodução das imagens e o fim para o qual se destina o display.
7. Faz mal usar o carregador do iPad no iPhone?
Mito. De acordo com a própria Apple, é
possível recarregar o iPhone com o carregador do iPad e até
mesmo repor a energia de um dos dois dispositivos com o dispositivo voltado
para MacBook,
sem danos à bateria e, independente do acessório, dispor de 10 ou 12 W de
potência.
No entanto, especificamente para os
carregadores de Macbook com 29, 61 ou 87 W de potência, a Apple ressalta que a
velocidade de recarga só será maior se o iPhone ou iPad em questão forem
compatíveis com a tecnologia de carga rápida. Atualmente, o recurso se estende
aos modelos iPhone
8, iPhone
8 Plus, iPhone X, iPad Pro e
iPad Pro de segunda geração.
8. O certo é não desligar o PC todos os dias?
Parcialmente verdade. Especialistas confirmam a
ocorrência de estresses desnecessários para os componentes ao ligar o
computador com frequência, o que eventualmente irá reduzir a vida útil. Dessa
maneira, o mais indicado seria deixar o computador em estado de hibernação ou
suspensão, e evitar ter de desligar e ligar novamente.
Contudo, esta afirmação só se aplica
aos usuários que utilizam computadores por longos períodos e com muita
frequência — mesmo neste caso, reinicializações eventuais podem servir para
aliviar o processamento. Já para aqueles com uso menos frequente de sua
máquina, o mais indicado é deixar desligada, inclusive por questões de consumo
energético.
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