Professores e servidores da
rede estadual de Educação de Pernambuco não vão mais decretar greve. A decisão
foi tomada na noite desta terça-feira (27), em assembleia geral realizada no
Teatro da Boa Vista, região central do Recife. Houve muita contestação, mas,
diante do prazo eleitoral – em que o Poder Executivo só pode legislar sobre
reajuste financeiro até seis meses antes das eleições -, a proposta
enviada pelo Governo do Estado foi aprovada pela maioria.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), Fernando Melo, foram 10 horas de negociação com o Executivo. A categoria pleiteava o reajuste de 6.81% do piso salarial, já instituído por lei desde janeiro deste ano.
“Nós conseguimos construir uma proposta, que se não é a ideal e a que estava dentro das nossas expectativas, ao menos foi uma proposta que tira praticamente do zero a discussão inicial. O Governo queria contemplar apenas os professores que ainda estavam abaixo do piso atual de R$ 2.455,35, mas nós tivemos a condição de garantir que todos os segmentos da categoria fossem contemplados com o percentual de 6.81%”, declarou Fernando Melo.
Segundo a proposta, os professores que estão abaixo do piso vão receber o reajuste a partir de maio, e as parcelas referentes ao retroativo desde janeiro serão pagas nos meses de junho e agosto. Já os professores que estão acima do piso, dentro do Plano de Cargos e Carreiras, vão receber a partir de outubro. “Essa não era a intenção inicial do Governo, mas acabou acontecendo. Os analistas educacionais e administrativos também vão ser contemplados com esse percentual, além dos contratos temporários que também vão ser reajustados no mês de dezembro”, esclareceu o presidente do Sintepe.
“Vamos continuar a discussão
sobre a pauta, agora de pontos que não têm efeito financeiro. Esperamos que a
Assembleia Legislativa vote a favor, e que o Governo cumpra com o prazo
estabelecido”, concluiu.
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