A Câmara dos Deputados aprovou
nesta quarta-feira (28) um projeto de regulamentação de aplicativos de
transportes como o Uber, permitindo que as prefeituras regulamentem os apps,
mas derrubando definitivamente outras exigências que os assemelhavam aos táxis.
Agora, o projeto vai para a sanção presidencial.
O plenário votou as emendas
feitas pelo Senado Federal em outubro de 2017. Nessa data, os senadores haviam
retirado do texto aprovado inicialmente pelos deputados quatro pontos:
obrigação do uso de placa vermelha, exigência de que os motoristas fossem
proprietários dos carros, possibilidade de regulamentação pelas prefeituras e
restrição de atuação apenas ao município em que o veículo está registrado.
Por terem sido feitas
modificações ao projeto, ele retornou à sua Casa de origem para análise das
mudanças. A única emenda derrubada foi a primeira, que retirava poder de
regulamentação dos municípios.
Pelo aprovado no Senado, as
prefeituras e o Distrito Federal não podem mais regulamentar os aplicativos, mas
apenas realizar a fiscalização. Assim, as regulamentações feitas por algumas
cidades, como São Paulo e Brasília, perderiam a validade.
As outras medidas foram
definitivamente retiradas do texto final. Assim, caberá a cada município
deliberar sobre a exigência de autorização ou definir se haverá, por exemplo,
limite de motoristas para o aplicativo. Um dos pontos retirados do texto exigia
autorização prévia para que os motoristas circulassem.
Polêmico, o projeto foi alvo
de protestos tanto de taxistas como de motoristas de aplicativos como Uber,
Cabify e 99, que se aglomeraram nas galerias do plenário da Casa.
"[Se as emendas fossem
derrubadas] você teria 500 mil pessoas de um dia pro outro sem estar
trabalhando, e aí seria uma preocupação", afirmou o relator do projeto
favorável aos aplicativos, Daniel Coelho (PSDB-PE).
O resultado final não agradou
aos parlamentares defensores da posição dos taxistas. Tentou-se na sessão um
acordo no plenário, mas as emendas acabaram sendo votadas uma a uma.
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