O Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo, em 18 de
fevereiro, é uma data que chama atenção para um dos principais problemas de
saúde pública no Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No País, estima-se que 15% da população tem
problemas diretos com o álcool, então considerado um agressor direto do fígado,
a partir das condições de embriaguez constante reforçadas por outros hábitos
nada saudáveis.
Na prática, o fígado metaboliza
cerca de uma dose de bebida alcoólica por
hora, seja cerveja, vinho ou qualquer destilado. Assim, quem passa dos limites
em tão pouco tempo sobrecarrega o órgão que, em longo prazo, sofrerá com lesões
nas células hepáticas. Para piorar, raramente elas vão se recuperar, já que a
tendência de um alcoólatra é ingerir por dias seguidos uma quantidade extrema
de bebida. E se nada vai bem com este órgão, uma simples caipirinha, por exemplo, passa a ser absorvido
pelo sistema gastrointestinal, irritando uma série de outras
células.
“O fígado é responsável pelo metabolismo, principalmente o digestivo.
Então, em geral, é ele quem elimina todas as substâncias tóxicas do corpo, a
exemplo do álcool. Por isso que, em geral, a pessoa com ressaca sente náusea e vontade de vomitar, um sinal que o órgão
responsável pela limpeza foi comprometido com carga alcoólica alta”, resume a
nutricionista Helen Lima. Também não pense que escolher uma “bebida mais leve”
fará diferença, ainda segundo especialistas. Algumas cervejas têm 6% de álcool,
enquanto o vinho tem 12% e a cachaça 30%, em média. O que vai contar é a
quantidade. Afinal, na prática, quanto “mais leve”, maior é a ingestão deste
mesmo líquido, não?
Intoxicação
Por ser um purificador, o fígado está sujeito a todo tipo de intoxicação possível. Não apenas através da bebida alcoólica. O consumo de comidas gordurosas, pouca hidratação e sedentarismo formam o combo perfeito para distúrbios como a esteatose hepática, que é o acúmulo indevido de gordura, numa quantidade superior a 5%.
Por ser um purificador, o fígado está sujeito a todo tipo de intoxicação possível. Não apenas através da bebida alcoólica. O consumo de comidas gordurosas, pouca hidratação e sedentarismo formam o combo perfeito para distúrbios como a esteatose hepática, que é o acúmulo indevido de gordura, numa quantidade superior a 5%.
Se essa quantidade evoluir, entram em
cena doenças graves como hepatite, cirrose e até câncer - exigindo, em muitos
casos, o transplante de órgão. Mas tudo isso pode ser evitado,
com mudanças que começam no próprio prato. “Importante consumir vitamina C,
através de frutas cítricas, e legumes que desintoxicam, como brócolis, couve e
repolho. Neste caso, seria interessante um suco verde. Não para ser consumido
diariamente, mas três vezes por semana. Já os legumes, melhor
cozidos a vapor, além de aumentar o consumo de água, sucos de fruta e água de coco”, sugere a nutricionista Iane Lira.
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