domingo, 1 de julho de 2018

Óculos de realidade virtual vence medo de agulhas

Foto: Venilton Küchler (Venilton Küchler)
Pais e mães que sofrem ou se estressam por dificuldades para vacinar, coletar sangue e fazer punção dos filhos em laboratórios e clínicas devem ganhar uma ajuda. Óculos de realidade virtual prometem acelerar os procedimentos, distraindo crianças e adolescentes, que assistem a vídeos de cerca de dois minutos enquanto o imunizante é aplicado ou o sangue, coletado. 

O administrador Daniel Libretti, de 42 anos, conta que vacinar a filha Laura, de 7 anos, sempre foi trabalhoso. A menina precisa ser segurada por várias pessoas e chora muito. Por isso, os pais recorriam à recompensa: se tomar vacina, ganha sorvete. “Sempre tinha escândalo. Olhava para a agulha e travava”, diz Libretti. Em março, Laura foi se vacinar contra febre amarela e os óculos de realidade virtual foram oferecidos. “Fluiu naturalmente. Ela saiu da experiência contando a história para a mãe. Qualquer outra coisa não distrai. Já tentamos mostrar vídeos no celular, mas os óculos de realidade dão uma visão periférica”, contou ele.

Laboratórios começaram a adotar o equipamento de um ano para cá. É o caso do Delboni Auriemo do Itaim Bibi, zona sul de São Paulo onde Libretti levou Laura. O local é o primeiro da rede a oferecer o equipamento para coleta de sangue, punção e vacina. A ideia é expandir para as outras unidades. 

Coordenadora da sede de Itaim-Bibi, Fabieni Pongeluppi explica que a experiência também funciona por ser em um ambiente lúdico: a sala de coleta é toda coberta de adesivos, de personagens do Scooby-Doo!. “Os óculos fazem com que o momento seja uma experiência encantadora. Não é que diminua a dor, claro. A criança vai sentir dor, mas vai ser um momento diferente. Vai distrair. As mães ficam super felizes”, diz ela. 

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