sábado, 4 de fevereiro de 2017

Entenda como é confirmada a morte cerebral

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O protocolo de avaliação feito ao longo do dia no Hospital Sírio-Libanês e que confimou a morte cerebral da ex-primeira-dama Marisa Letícia respeita um padrão. São dois exames com um intervalo de seis horas para comprovar a perda definitiva e irreversível das funções cerebrais, o que é um procedimento amplamente utilizado, segundo médicos ouvidos pelo GLOBO.

De acordo com Leonardo Borges, coordenador da Organização de Procura de Órgãos do Hospital das Clínicas em São Paulo, existe uma resolução do Conselho Federal de Medicina que determina os critérios para fazer o diagnóstico.

— Para se constatar a morte encefálica precisam ser feitos alguns exames clínico-neurológicos, testar reflexos. No caso de pacientes acima de 2 anos, um outro médico precisa repetir todos esses exames seis horas depois. Além disso, exames complementares são necessários para avaliar a ausência de fluxo sanguíneo no cérebro — explica.

No entanto, para dar início aos exames, Gisele Sampaio, gerente do serviço de Neurologia do Hospital Albert Einstein, explica que há necessidade de esperar que os efeitos do sedativo passem:

— Precisamos esperar o efeito do sedativo passar para realizar o exame físico-neurológico, pelo qual verificamos os reflexos do paciente e termos certeza de que o diagnóstico anterior não teve influência dos remédios. E aí fazemos mais um complementar, seis horas depois, para termos certeza do diagnóstico.

De acordo com Custódio Michailowsky, neurologista do centro de dor e neurocirurgia funcional do Hospital 9 de Julho, é necessário que a sedação do paciente tenha sido suspensa por 48 horas.

O neurointensivista do Hospital Copa D'Or Bernardo Liberato explicou que a morte só pode ser atestada depois de realizado o último exame.

— Por questões legais, só atestamos a morte após o último exame. Aí sim notifica-se a central de órgãos.

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